
Seremos sempre como velhos cruzados, perseguindo Graais, mas sem dignidade, sem honra, sem coragem. Porque o egoismo que nos move nos perde entre o desejo e a procura. Temos sede, temos fome, temos sono; e não achamos mais do que dragões que esventramos e caiem mortos para tomar porfim a nossa forma. Um dia um deles há-de reerguer-se e há-de arrancar-nos os membros, e há-de tolher-nos o crânio breve e inútil. A nossa morte há-de ser o que vivemos porque assim é toda a morte. Mas foi um devaneio o que vivemos… Pode haver fim mais inglório? Pouca sorte, pouca sorte... (Lisboa, 03/06/96)
0 Comments:
Post a Comment
<< Home