Notas do Viajante Assombrado
De súbito, com uma aspereza impossível, caiu o assombro das árvores. Sobre as folhas sêcas, a meus pés, desceu, pesadamente, uma poeira negra; a mágoa inteira dos séculos tombava sobre os mortais. E foi então que eu, o viajante casual dessas passagens, senti (que não sentisse, ò Cloé, quem me dera!) com uma consternação inconsolada, a comprida antiguidade dessa angústia aterrar, como um despiste, no mais fundo lugar da minha alma…(Lisboa, 03/12/99)
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